Quebradeiras de Coco Inauguram Casa de Extração de Azeite

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Com a frase “A vida das quebradeiras de coco é lutar, crescer e vencer! Babaçu é Vida! “ as quebradeiras de coco do Projeto de Assentamento Ouro Verde, localizado no Município de Araguatins, inauguraram no dia 28 de maio de 2016,  a  casa de extração de azeite.

Resultado da luta pela valorização do extrativismo de babaçu e da identidade cultural das quebradeiras de coco da região do Bico do Papagaio, esta casa de extração de azeite é um conquista proporcionada pela ação conjunta entre a ASMUBIP e o MIQCB, com a parceria da APA-TO, da Associação do Barro Branco e da comunidade local e do apoio financeiro do PPP-ECOS/Fundo Amazônia e do Fundo Babaçu/MIQCB.
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Na abertura da inauguração, Luzanira, coordenadora geral da ASMUBIP coloca que “este projeto se iniciou há muito tempo atrás e foi concretizada com o apoio de várias entidades que acreditam no trabalho das quebradeiras de coco”.  E esta fala foi reforçada pela D. Francisca, diretora do CIMQCB e que ressaltou que agora espera que o núcleo se organize cada vez mais para garantir a comercialização dos produtos.
O diferencial desta casa de extração é que ela apresenta algumas inovações tecnológicas como o forno de assar amêndoas que elimina o trabalho de torrar as amêndoas ao “pé do fogo”, uma prática geralmente adotada pelas quebradeiras, mas considerada desgastante. E também possibilitará as quebradeiras de coco do núcleo produzir um azeite artesanal de qualidade neste espaço coletivo, conforme coloca a coordenadora de núcleo do Barro Branco, D. Osmarina “até o momento está dando tudo certo! ….. A nossa produção  agora vai  ser de qualidade e a gente vai produzir mais e esta  casa de extração  vai beneficiar não só o núcleo do Barro Branco, mas todo o assentamento”.
 
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Após a inauguração, o agricultor Expedito, marido de uma das quebradeiras de coco que construiu um modelo de forno que inspirou este núcleo a adotar esta nova tecnologia, realizou uma prática para capacitá-las no manuseio do forno de assar amêndoas.
Esta experiência demonstra que “a manutenção do modo de vida das quebradeiras de coco babaçu se fortalece pela construção de iniciativas organizadas numa rede de troca de saberes entre os núcleos produtivos e organizações que atuam no fortalecimento do extrativismo do babaçu”, comenta Selma Yuki, assessora da APA-TO.
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